Willame Albano da Silva teria confessado
participação em outros crimes. Ele foi condenado por assassinar um arquiteto em
2013.
Foragido de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, Willame Albano da Silva,
de 26 anos, foi preso, no Recife, suspeito de assassinar o próprio comparsa. A
vítima, de 33 anos, teria fugido da penitenciária ao lado de Willame durante as
rebeliões em janeiro de 2016. Ele foi morto no dia 16 de março na comunidade da
Linha do Tira, na Zona Norte do Recife.
Willame foi preso na quarta-feira (29), mas os detalhes só foram
repassados na manhã desta quinta-feira (30) ao longo de uma coletiva de
imprensa na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Condenado pela morte do arquiteto Petronyo Ulisses da Costa, em 2013 no
Rio Grande do Norte, Willame estava preso no Pavilhão 5 de Alcaçuz. Segundo o
delegado Alfredo Jorge, ele teria confessado a participação nas mortes que
ocorreram durante a rebelião. O suspeito ainda tem passagem pela polícia por
dois homicídios, tráfico de drogas e assalto. A vítima respondia por assalto,
formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo.
"Ele diz que veio para Pernambuco porque a polícia lá estava
fechando o cerco para recuperar os presos. Ele nega que fazia parte de facção
criminosa, mas confessa que ajudou, junto com integrantes de uma facção, a
matar pessoas da outra facção", pontuou o delegado.
Apontado como principal suspeito na morte do comparsa, Willame nega ter
assassinado o colega. Ele diz que a vítima se envolveu com uma mulher na
comunidade e acabou morto por traficantes da área. Porém, desde o crime, ele
estava escondido na casa de um terceiro homem, de 39 anos, em Paulista, no Grande
Recife.
No local, a polícia encontrou uma arma, que seria desse homem. Ele
também tem passagem pela polícia por quatro homicídios, formação de quadrilha,
porte ilegal de arma de fogo e tráfico. Willame também foi detido por uso de
documento falso.
Ao dar detalhes das mortes dentro do presídio, Willame teria pedido
para permanecer preso no estado pernambucano por medo de retaliação ao retornar
para Alcaçuz. Entretanto, o caso dele ainda será julgado. "Segundo ele, o
pessoal de uma facção, mesmo sendo um pouco mais de 600 pessoas, conseguiu
vencer mais de 1.500 pessoas porque tinham armamento pesado", completou
Alfredo Jorge.
Mais prisões
A polícia aproveitou a coletiva para apresentar outro caso de
homicídio. Um homem de 31 anos foi preso suspeito de matar um homem, de 28
anos, que estava em liberdade condicional. O suspeito é foragido da
Penitenciária Agroindustrial de Itamaracá, no Grande Recife, e teria cometido o
crime por uma briga de tráfico.
A vítima foi morta na terça-feira (28) na Rua da Palma, Centro do
Recife, ao se apresentar para a condicional. Ele estava acompanhado da mulher e
da filha quando um grupo o aborda e realiza diversos disparos contra ele. A
vítima havia sido solta há menos de um mês.
“A motivação seria uma rixa de tráfico de drogas na comunidade João de
Barros [área central do Recife]. Ambos eram envolvidos com o tráfico de drogas.
Essa é a motivação inicial, mas quando preso, o suspeito disse que no passado a
vítima teria matado um parente seu. A vítima também teria dito que quando
saísse da prisão iria mata-lo”, contou o delegado Diego Acioli.
Na fuga, os suspeitos batem com o carro contra outro veículo em
Afogados, Zona Oeste do Recife. Dois suspeitos fogem enquanto o terceiro
permanece no local e é preso pela Polícia Militar por ser foragido da
penitenciária.
Ainda segundo o delegado, o suspeito confessa ser um dos executores.
Ele já tem passagem na polícia por homicídio, roubo, tráfico e associação
criminosa. Ele escapou da penitenciária em outro de 2016.
Fonte:
Por Thays Estarque, G1 PE
30/03/2017 12h21 Atualizado há
18 horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário