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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Aumento da criminalidade em PE não motivou troca dos comandos das polícias, segundo secretário

Segundo o titular da Secretaria de Defesa Social, Angelo Gioia, o comandante da PM saiu do posto por motivos pessoais. Chefe da Polícia Civil, no entanto, foi exonerado para "oxigenar" a tropa. 


troca dos comandos da Polícia Militar (PM) e da Polícia Civil de Pernambuco, não foi ocasionada pelo aumento da criminalidade no estado, de acordo com o secretário de Defesa Social do estado, Angelo Gioia. Em coletiva de imprensa realizada, na tarde desta sexta (17), na sede da secretaria, no bairro de Santo Amaro, no Recife, o titular da pasta explicou os motivos do afastamento do então comandante da Polícia Militar, coronel Carlos D'Alburque, e do então chefe da Polícia Civil, delegado Antônio Barros.

"D'Albuquerque sai após uma solicitação pessoal num momento oportuno, após as finalizações das negociações de projetos de reajustes salariais da PM. Já Antônio Barros esteve à frente da Polícia Civil por dois anos, fazendo um trabalho valoroso, mas buscamos agora uma nova forma de enfrentamento aos homicídios", justificou Gioia. Os novos comandantes que serão nomeados são o coronel Vanildo Maranhão, para a PM, e o delegado Joselito Amaral, para a Polícia Civil. 

Gioia descartou uma possível relação entre o aumento das estatísticas de violência em Pernambuco, como o registro de 479 homicídios somente no mês de janeiro deste ano, e a troca de comandos das polícias. "Se os números sobem há dois anos, isso é motivo de preocupação para todos nós. As polícias cumprem o nosso papel e nós, como sociedade, também devemos cumprir o nosso", pontuou. 

De acordo com o titular da pasta, as modificações também não levaram em consideração as queixas dos integrantes das associações, que já haviam sinalizado, por meio de protestos, a reprovação das negociações feitas pelos comandos. "Essa decisão passa ao largo do que eles pensam a respeito dos comandos das polícias. Não reconheço essas pessoas como representantes de nada e elas não pautariam a atuação da secretaria ou do governo", pontuou o secretário. 

Para Gioia, o trabalho desenvolvido pelo delegado Joselito Amaral, inicialmente à frente de uma unidade de repressão a homicídios, deve ajudar na gestão da instituição. "Agora ele deixa de pensar apenas em um setor para pensar na Polícia como um todo. Ele poderá oferecer uma resposta melhor", explica. 

Os novos responsáveis pela chefia das polícias assumem os cargos de forma oficial na semana do carnaval, mas, apesar da mudança, Gioia esclarece que o planejamento para a festa, que ainda será divulgado, está mantido. "Vamos trabalhar dentro da normalidade", frisou. 

Governador repercute

Também na tarde desta sexta-feira (17), durante um evento de entrega das chaves do Mercado Público de Paratibe, em Paulista, no Grande Recife, aos comerciantes do local, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), repercutiu as mudanças nos comandos das polícias Civil e Militar.

"O Coronel D'Albuquerque solicitou o seu afastamento do comando da Polícia Militar entendendo que tinha concluído uma etapa importante de recuperação da hierarquia, da organização e da liderança da Polícia Militar no combate à criminalidade. Isso foi entendido por nós como um gesto importante e, a partir disso, aproveitamos para fazer as atualizações que já haviam sido requeridas pelo secretário de Defesa Social", explicou na ocasião. 

Ainda segundo o governador, as alterações anunciadas têm o objetivo de alcançar índices melhores de segurança em Pernambuco. "É uma ação importante e necessária para voltar a termos uma política de segurança que possa trazer mais conforto às pessoas no ir-e-vir do trabalho para a casa, para o colégio. Os novos comandantes vão trabalhar muito na melhoria da segurança pública do nosso estado", garantiu Paulo Câmara.

Avaliação do sindicato

Por meio de nota, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) classificou as mudanças como uma tentativa de diminuir os índices de violência no estado. “Contudo, se não forem realizados investimentos que garantam efetivo suficiente e condições mínimas de trabalho às forças policiais, será impossível conter essa onda de criminalidade”, destaca o texto.


Fonte: Marina Meireles, G1 PE

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